sábado, 23 de fevereiro de 2008

Culpa.. doce culpa..

Numa noite em que não durmo, e em que fixo o escuro á minha volta..penso na tristeza de se ser cego.. tão cego que não se consiga vislumbrar o verdadeiro "eu".. tao rodeado de artifícios e falsas inocências..tão cego que veja em outros os próprios erros..tão cego a ponto de salientar uma mesquinhez latente, invisível até este ponto.. ou invisível aos cegos inocentes, ou aos que viram e se recusaram a acreditar.. No fundo, tudo não passa de manobras.. menos íntegras muitas vezes.. de se tentar apagar o que se fez ou o que se é, num arrependimento pronfundo.. tão profundo que a consciência se recusa a aceita-lo.. porque implicaria culpa..e pergunto-me eu.. afinal de quem é a culpa..? E uma voz responde-me.. a culpa é dos que têm o que é preciso.. dos que não se escondem..dos que ousam assumi-la.. sem a passar de mão em mão.. ou de a por na boca de outrem.. porque por mais que se corra.. a culpa é aquela sombra que nos acompanha sempre.. mesmo que so nos apercebamos tarde demais.

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